Entrevista: ?As Cores da Utopia? é debatido no dia da luta antimanicomial

Publicado em 23/05/2012 às 05h00 | Atualizado em 23/05/2012 às 05h00

 

No dia 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, o documentário “As Cores da Utopia”, foi exibido para uma grande plateia no Auditório do Tribunal do Juri da PUC-GO. Logo depois, foi aberto um debate sobre o tema.

O filme, do diretor e psicólogo Júlio de Oliveira Nascimento, tem 1h20 de duração. A obra trata da vida de Reginaldo Bonfim, que foi um artista plástico baiano reconhecido nacional e internacionalmente. Ele tinha esquizofrenia.

Para saber um pouco mais sobre o documentário, o CRP-09 fez uma entrevista com o diretor. Confira:
 
Como você avalia a exibição do seu documentário no Dia Nacional da Luta Antimanicomial?

Como uma contribuição para a causa da luta antimanicomial. O filme foi feito com o objetivo de ser um instrumento de reflexão que contribuísse para o avanço desta luta. E este objetivo foi alcançado não apenas em relação ao número de pessoas que ele atingiu, como também pela qualidade das discussões que suscitou. O documentário foi exibido em Belém, na UFPA; em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em Goiânia tivemos exibição e debate pela manhã, no Auditório da Área IV da PUC e à noite no Auditório da Faculdade de Direito da UFG. Na PUC participaram os diretores e alunos dos cursos de Medicina, Psicologia, Direito e Serviço Social. Tivemos ainda a participação do presidente do CRP-09, Wadson Arantes Gama, instituição parceira do documentário, e de um usuário do serviço de psiquiatria do SUS. O debate, de natureza interdisciplinar foi muito proveitoso para todos os presentes e rendeu projetos de trabalhos para um futuro próximo. Planeja-se executar um projeto em torno da discussão interdisciplinar de filmes, e mais, a própria criação de roteiros e filmagem de documentários sobre questões atuais relativas à ciência e a vida profissional das diversas áreas de conhecimento. O evento da PUC teve a cobertura da UCG-TV e da TBC, além de emissoras de rádio, cobertura da imprensa escrita e divulgação nos sites de todas as instituições parceiras do filme. Aos poucos, a obra está sendo conhecida do grande público.

Quais são as suas expectativas em relação ao futuro do documentário?

As melhores possíveis. O filme foi traduzido para o inglês, francês, espanhol, italiano, alemão e japonês, e em breve será enviado para festivais e mostras de cinema em vários países. Além disso, será distribuído para todos os Estados brasileiros, através de instituições ligadas à defesa dos direitos humanos. Muitas pessoas e instituições estão pedindo cópias e a nossa presença para debater os temas do filme, que envolvem, além da questão da luta antimanicomial, a luta pela igualdade racial, a relação ética e política, ética e estética, a questão das armas nucleares e do meio ambiente. Tudo isso apontando para o questionamento dos conceitos de loucura e normalidade.

Qual o próximo evento em que o documentário será exibido?

A convite da ABRASME, apoiadora institucional do documentário, o filme será lançado nacionalmente no Congresso de Saúde Mental, que será realizado em Fortaleza, no mês de junho.

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