CRP-09 paralisa expediente para discutir as Relações entre Mulheres e Trabalho na Sociedade Contemporânea

O Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás (CRP-09), em consonância com movimentos mundiais, suspendeu o expediente externo entre 10h e 11h nesta quarta-feira (8 de março). Durante o período, foi realizada uma Roda de Conversa sobre as Relações entre Mulheres e Trabalho na Sociedade Contemporânea. Participaram conselheiras (os) e funcionárias (os) do Conselho.

A presidenta do CRP-09, Ionara Rabelo, abriu a discussão e solicitou aos presentes que trouxessem relatos de experiências sobre desigualdades vivenciadas entre homens e mulheres nos espaços públicos e privados.

Para o Analista Financeiro do CRP-09, Thiago de Aguiar Netto, entre as principais desigualdades está a mulher ainda ser tratada como objeto. "Há uma diferença de tratamento. A mulher é assediada na rua, algo que não acontece com o homem. Não que tenha que ser um tratamento específico para a mulher, mas um tratamento com o ser humano. O respeito tem que ser igual", explica.

A Assessora Técnica e de Pesquisa, Regina Magna Fonseca, contou que já busca ensinar o filho, de 9 anos, que ele não tem que que ajudá-la em casa, mas sim fazer a tarefa doméstica porque a casa também é dele. "Ele faz a tarefa doméstica para nós e não para me ajudar. Essa mudança de fala afeta a cultura. A casa é nossa, nós fazemos", explica. A Assessora relatou ainda a história de seu sobrinho que, certa vez, estava indo para o trabalho e caminhava logo à sua frente uma mulher. "Durante o trajeto que ele fez próximo à moça, ele percebeu o quanto ela foi assediada por buzinas de carro e por palavras de baixo calão", conta.

Para a Analista Administrativo Janaína Lima, a maior desigualdade de gênero é a violência contra a mulher. "As questões de trabalho não são iguais, mas vemos movimentos na sociedade em busca disso. Já a questão da violência contra a mulher ainda está muito aquém", ressalta.

A Coordenadora Administrativa Beverlei dos Reis Rocha afirma que esta discussão não pode ficar centrada em conflito de gênero, pois dessa forma ele será perpetuado. "Precisamos nos respeitar enquanto seres humanos, assim esse conflito deixa de existir", explica. Outro ponto levantado pela coordenadora é que, muitas vezes, a mesma mulher que defende a bandeira pelos direitos das mulheres é a mesma que não respeita o direito da outra mulher, como por exemplo, não pagar os benefícios sociais da empregada doméstica. "Dessa forma, ela não vai conseguir empoderar essa mulher", diz.

Estavam presentes na Roda de Conversa o conselheiro vice-presidente, Shouzo Abe, e a conselheira Maria Virgínia Carvalho.

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