O 18 de Maio foi instituído pelo Congresso Nacional, no ano 2000, como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi escolhida em referência ao Caso Araceli. A menina Araceli Cabrera Sánchez foi assassinada em 18 de maio de 1973, aos oito anos de idade. Seu corpo foi encontrado seis dias depois do desaparecimento dela, desfigurado por ácido e com marcas de violência e abuso sexual. O crime completa 50 anos hoje e os acusados nunca foram punidos.
O CRP09 participou, na manhã desta quinta-feira (18/05), no Parque Campininha das Flores José Mulce, do “Dia D” para enfrentamento de violências contra crianças e adolescentes, ato que compõe a campanha “Faça Bonito”. O evento é promovido pela Secretaria Municipal de Educação, pela Rede de Atenção às Pessoas em Situação de Violência de Goiânia e Fórum Goiano de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
O conselheiro presidente Wadson Arantes Gama acompanhou o ato e destacou o compromisso do CRP09 com a luta contra a violência e exploração sexual de crianças e adolescentes. O CRP09 também realizou na tarde desta quinta-feira a live "18 de Maio - A atuação da psicologia no enfrentamento à violência sexual de crianças e adolescentes", com o tema "50 anos sem Araceli, (des)caminhos na garantia de direitos humanos de crianças e adolescentes".
"A Psicologia desempenha papel fundamental no enfrentamento a todos os tipos de violência. A questão da violência sexual contra crianças e adolescentes é um tema urgente, e depende do compromisso e da mobilização de todos os setores da sociedade para combatê-la. Por isso, o CRP09 se faz presente e reforça o papel de nossa categoria nesta luta tão importante", destacou Wadson.
Integrante da Rede de Atenção às Crianças, a psicóloga Railda Martins, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), lembrou que 70% dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes são praticados por pais, padrastos e outros familiares, 80% desses dentro de casa e 45% cometidos de forma reiterada. Railda ressaltou a importância do Disque 100, serviço de informações sobre direitos de grupos vulneráveis e de denúncias de violações de direitos humanos, e destacou o papel da Psicologia nesta luta.
"Ter o CRP09 conosco nesta caminhada é fundamental. A(o) psicóloga(o) desempenha um papel sine qua non no enfrentamento à violência. Precisamos de uma rede articulada e comprometida atuando junto com o poder público", afirmou Railda.
