Psicologia é aliada na luta pela autodeterminação dos povos indígenas no Brasil

19 de abrilfasfsafsfasNesta quarta-feira, dia 19 de abril, celebramos o Dia dos Povos Indígenas no Brasil, data que reforça a importância de respeito e proteção aos povos originários de nosso país. A data foi instituída pelo governo brasileiro em 1943, tendo como referência o 1º Congresso Indigenista Interamericano, no México, realizado no dia 19 de abril de 1940.

A Psicologia desempenha um papel fundamental na preservação dos povos indígenas, ao considerar as dimensões culturais, sociais e psicológicas dessas comunidades. Atualmente, os povos indígenas enfrentam inúmeros desafios em relação à sua saúde mental, bem-estar e preservação de suas tradições e culturas em um mundo em rápida transformação. A Psicologia pode ajudar a abordar esses desafios de diversas maneiras, mas é importante que profissionais tenham compromisso com o atendimento qualificado, como frisa a psicóloga Adria Malauiru Diriti Brandão (CRP 18/6147), da etnia Iny Mahãdu.

"Atualmente, nós somos alvo de muitos conflitos e preconceito. O impacto deste cenário vem provocando o adoecimento da saúde mental da população indígena. Psicólogas(os) atuantes nas áreas indígenas desempenham um papel fundamental na promoção da saúde mental, proporcionando acolhimento e uma escuta qualificada. Muitas(os) profissionais da Psicologia não sabem lidar ou não se adaptam ao meio cultural, principalmente por questões como a barreira da língua ou dos costumes. Por isso, é importante que estas(es) profissionais se orientem pela valorização e o respeito à nossa cultura. As políticas públicas de bem-estar e saúde mental precisam deixar as comunidades mais fortes e seguras", destaca Adria.

A Psicologia pode fornecer apoio para a promoção da saúde mental e emocional dos povos indígenas por meio da prevenção e da intervenção, mas é preciso levar em consideração as crenças, práticas e contextos culturais dos diferentes povos indígenas que habitam no Brasil. O psicólogo Odair Antonio Wasconcelos Pereira (CRP 03/24185), da etnia Canela, ressalta que muitas comunidades indígenas são afetas por questões como o trauma intergeracional, o estigma e a discriminação.

"É preciso que haja uma aproximação do governo e de toda a sociedade em relação aos povos indígenas, para que se possa ter uma maior compreensão de como vivem esses povos. O governo deve atuar diretamente no cuidado em saúde mental das comunidades, mas levando em conta as características socioculturais de cada povo. Precisamos enfatizar fatores como as barreiras para reprodução dos modos de vida, as fontes de subsistência, o preconceito e os conflitos decorrentes da interação com as cidades próximas. Tudo isso afeta a saúde mental destas pessoas. A atuação do governo e da sociedade deve levar tudo isso em conta", ressalta Odair.

O CRP09 compreende que todas as formas de atuação do poder público para garantir a saúde mental das populações indígenas devem incentivar a participação ativa destes povos na tomada de decisões que afetam suas comunidades, bem como a promoção de lideranças indígenas, a valorização da sabedoria das(os) anciãs(anciãos) e a promoção de práticas de resiliência e sustentabilidade. Neste 19 de abril, a Psicologia deve reforçar o seu compromisso com a luta dos povos indígenas pela autodeterminação, pela terra e recursos naturais, pela preservação de suas línguas e pela proteção de suas práticas culturais.

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